Às vezes eu queria que houvesse uma maneira de existir sem me pesar.
Ser e não
doer.
Ter sem pecar.
Mas se nem mesmo acredito no pecado, não tenho culpa
cristã.
Sou fragmentos do não-ser mal escolhidos.
Sou fragmentos do não-ser mal escolhidos.
Meus impulsos podados
resultam em um animal pequeno e amuado, que se esconde e se protege sem nem
saber do quê.
Que essa solidão me dói é nítido: vê-se nos olhos caídos que o sorriso não disfarça, a lágrima recorrente que a maquiagem não segura.
Que essa solidão me dói é nítido: vê-se nos olhos caídos que o sorriso não disfarça, a lágrima recorrente que a maquiagem não segura.
Percebe-se no meu discurso, essa tentativa falha de expressar com voz o que só
sei dizer no papel.
Não lido bem com plateias, preciso entender.
Preciso
aprender a me calar como forma de falar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário